terça-feira, 18 de junho de 2013



Olá, colegas!


Plano de Aula Semanal

Público Alvo: 6° ANO

Tema: A Sedução da Iara (Gênero textual-Conto).

Objetivos:
Leitura e interpretação; resgatar valores culturais; inferir informações globais no texto; inferir valores éticos e morais; confirmação ou retificação das antecipações ou expectativas de sentido criado antes e durante a leitura; localização da ideia principal.

Desenvolvimento:
Atividades diversas como vocabulário, roda de leitura, teatro e dramatização.

Recursos:
Textos, dicionários, meteriais como tecidos, isopôr, painéis, tintas e maquiagem.

Avaliação:
Participação ativa; pesquisa de outras lendas folclóricas; reescrita da lenda.

Proposta de intervenção: Roda de leitura e reconto

                                            

A sedução da Iara

Os índios e os sertanejos acreditam na existência da Iara ou Mãe-d.água. Dizem que é uma mulher muito linda, de pele alva, olhos verdes e cabelos cor de ouro, que vive nos lagos, nos rios e nos igarapés. Ninguém resiste ao encanto da Iara. Quem a vê fica logo atraído pela sua beleza e pelo seu canto mavioso. E acaba sendo arrastado por ela para o fundo das águas. Por isso, os índios, ao cair da tarde, afastam-se dos lagos e dos rios. Eles têm medo de encontrar a Iara e de ficarem dominados pelo seu encanto.
Conta-se que vivia, há muitos anos, nas margens do rio Amazonas, um filho do chefe dos Manaus, chamado Jaraguari. Era um moço belo como o sol e forte como o jaguar. Os outros índios invejavam sua coragem, sua força e sua destreza. As mulheres admiraram sua formosura, sua graça e sua valentia. E os velhos amavam Jaraguari, porque ele os tratava com respeito e carinho.
Jaraguari era alegre e feliz como um pássaro. Mas, um dia, começou a mostrar-se reservado e pensativo. Todas as tardes subia com sua canoa para a ponta do Tarumã, onde permanecia silencioso e solitário até a meia-noite.
Sua mãe, impressionada com a mudança do filho, perguntou-lhe:
– Que pescaria é esta, meu filho, que se prolonga até alta noite? Você não tem medo das artes traiçoeiras do Anhangá? Por que você vive tão triste? Onde está a alegria que animava a sua vida?
Jaraguari ficou silencioso. Depois, respondeu com os olhos muito abertos, como se estivesse vendo uma cena maravilhosa:
– Mãe, eu a vi!... Eu a vi, mãe, nadando entre as flores do igarapé. É linda como a lua nas noites mais claras. Eu a vi, mãe!... Seus cabelos têm a cor do ouro e o brilho do sol! Seus olhos são duas pedras verdes. Seu canto é mais belo do que o do uirapuru. Eu a vi, mãe!...
Ao ouvir as palavras do filho, a velha atirou-se ao chão, gritando entre lágrimas:
– Fuja dessa mulher, meu filho! É a Iara! Ela vai matá-lo! Fuja, meu filho!
O rapaz nada disse e saiu da maloca. No dia seguinte, ao cair da tarde, sua canoa deslizava, mansamente, pelo rio, na direção da ponta de Tarumã. Mas, de repente, os índios que pescavam à beira do rio gritaram:
– Corre, gente! Corre, vem ver!                       

Ao longe, via-se a canoa de Jaraguari. E, abraçada ao jovem guerreiro, surgiu uma mulher de corpo alvo e de cabelos compridos, cor de ouro. Era a Iara!
E, desde então, nunca mais Jaraguari voltou à sua maloca.

SANTOS, Theobaldo Miranda.. Lendas e mitos do Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1987.


Postado por Elaine Santos

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