Olá,
colegas!
Plano de Aula Semanal
Público
Alvo: 6° ANO
Tema: A Sedução da Iara (Gênero textual-Conto).
Objetivos:
Leitura
e interpretação; resgatar valores culturais; inferir informações globais no
texto; inferir valores éticos e morais; confirmação ou retificação das
antecipações ou expectativas de sentido criado antes e durante a leitura;
localização da ideia principal.
Desenvolvimento:
Atividades
diversas como vocabulário, roda de leitura, teatro e dramatização.
Recursos:
Textos,
dicionários, meteriais como tecidos, isopôr, painéis, tintas e maquiagem.
Avaliação:
Participação
ativa; pesquisa de outras lendas folclóricas; reescrita da lenda.
Proposta
de intervenção: Roda de leitura e
reconto
A sedução da Iara
Os índios e os sertanejos acreditam na
existência da Iara ou Mãe-d.água. Dizem que é uma
mulher muito linda, de pele alva, olhos verdes e cabelos cor de ouro, que vive
nos lagos, nos rios e nos igarapés. Ninguém resiste ao encanto da Iara. Quem a
vê fica logo atraído pela sua beleza e pelo seu canto mavioso. E acaba sendo
arrastado por ela para o fundo das águas. Por isso, os índios, ao cair da
tarde, afastam-se dos lagos e dos rios. Eles têm medo de encontrar a Iara e de
ficarem dominados pelo seu encanto.
Conta-se que vivia, há muitos anos, nas
margens do rio Amazonas, um filho do chefe dos Manaus, chamado Jaraguari. Era
um moço belo como o sol e forte como o jaguar. Os outros índios invejavam sua
coragem, sua força e sua destreza. As mulheres admiraram sua formosura, sua
graça e sua valentia. E os velhos amavam Jaraguari, porque ele os tratava com
respeito e carinho.
Jaraguari era alegre e feliz como um
pássaro. Mas, um dia, começou a mostrar-se reservado e pensativo. Todas as
tardes subia com sua canoa para a ponta do Tarumã, onde permanecia silencioso e
solitário até a meia-noite.
Sua mãe, impressionada com a mudança do
filho, perguntou-lhe:
– Que pescaria é esta, meu filho, que se
prolonga até alta noite? Você não tem medo das artes traiçoeiras do Anhangá?
Por que você vive tão triste? Onde está a alegria que animava a sua vida?
Jaraguari ficou silencioso. Depois,
respondeu com os olhos muito abertos, como se estivesse vendo uma cena
maravilhosa:
– Mãe, eu a vi!... Eu a vi, mãe, nadando
entre as flores do igarapé. É linda como a lua nas noites mais claras. Eu a vi,
mãe!... Seus cabelos têm a cor do ouro e o brilho do sol! Seus olhos são duas
pedras verdes. Seu canto é mais belo do que o do uirapuru. Eu a vi, mãe!...
Ao ouvir as palavras do filho, a velha
atirou-se ao chão, gritando entre lágrimas:
– Fuja dessa mulher, meu filho! É a Iara!
Ela vai matá-lo! Fuja, meu filho!
O rapaz nada disse e saiu da maloca. No dia
seguinte, ao cair da tarde, sua canoa deslizava, mansamente, pelo rio, na
direção da ponta de Tarumã. Mas, de repente, os índios que pescavam à beira do
rio gritaram:
– Corre, gente! Corre, vem ver!
Ao longe, via-se a canoa de Jaraguari. E,
abraçada ao jovem guerreiro, surgiu uma mulher de corpo alvo e de cabelos compridos,
cor de ouro. Era a Iara!
E, desde então, nunca mais Jaraguari voltou
à sua maloca.
SANTOS,
Theobaldo Miranda.. Lendas e mitos do Brasil. São Paulo: Ed. Nacional,
1987.
Postado por Elaine Santos
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